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Má-fé (em latim: mala fides) é uma forma sustentada de engano que consiste em entreter ou fingir entreter um conjunto de sentimentos enquanto age como se fosse influenciado por outro. Está associado à hipocrisia, quebra de contrato, afetação e conversa fiada. Pode envolver engano intencional de outros ou autoengano.
Alguns exemplos de má-fé incluem: soldados agitando uma bandeira branca e depois disparando quando o inimigo se aproxima para fazer prisioneiros (cf. perfídia); um representante da empresa que negocia com trabalhadores sindicais sem intenção de se comprometer; um promotor que defende uma posição legal sabendo que ela é falsa; e uma seguradora que usa linguagem e raciocínio deliberadamente enganosos para negar um sinistro.
Na filosofia, após a análise de Jean-Paul Sartre dos conceitos de autoengano e má-fé, o último conceito foi examinado em campos especializados no que se refere ao autoengano como duas mentes agindo de forma semi-independente dentro de uma mente, com uma enganando a outra. A má-fé pode ser vista em alguns casos como não envolvendo engano, como em alguns tipos de hipocondria com manifestações físicas reais. Questiona-se sobre a veracidade ou falsidade de declarações feitas de má-fé e autoengano; por exemplo, se um hipocondríaco faz uma reclamação sobre sua condição psicossomática, ela é verdadeira ou falsa?
A má-fé tem sido usada como termo artístico em diversas áreas envolvendo feminismo, supremacia racial, negociação política, processamento de sinistros de seguros, intencionalidade, ética, existencialismo, negacionismo climático, e a lei.